Documentário “Troncos Velhos” celebra sabedoria ancestral indígena e conquista telas pelo Brasil

3 de setembro de 2025 - 09:19 # # #

Texto: Julyanna Santos / ASCOM SEPINCE

O documentário Troncos Velhos – Uma celebração à sabedoria ancestral dos povos indígenas do Ceará percorreu as telas de cinco festivais de cinema no Brasil e levou ao público histórias e memórias que atravessam gerações.

Em 2025, a obra foi exibida no 6° FeztCine Itaúna – Festival Internacional de Cinema de Itaúna, em Pernambuco; na 8° Mostra de Cinema de Fama, em Minas Gerais; no 17° Macacu Cine – Mostra Todos os Brasis do Brasil, no Rio de Janeiro; no Circuito Penedo de Cinema – Mostra Velho Chico, em Alagoas; e no ECOCINE – Festival Internacional de Cinema Ambiental e Direitos Humanos, em Campinas (SP), ampliando a circulação das vozes de lideranças indígenas que ajudaram a escrever a história recente do Ceará.

A produção também integrou a 10ª edição do Festival Internacional de Cinema Socioambiental Planeta.doc, como parte de um projeto educativo com exibições online para escolas e universidades de todo o Brasil, além de sessões presenciais nos pontos oficiais do Festival em Florianópolis, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, bem como em diversas Salas Verdes espalhadas pelo país.

Produzido pelo Núcleo Digital da Casa Civil do Governo do Estado do Ceará, com a colaboração do Núcleo de Comunicação da Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará (Sepince), o documentário é uma jornada sensível pelos territórios Tapeba (Caucaia), Jenipapo Kanindé (Aquiraz), Tremembé (Almofala) e Kanindé (Aratuba).

A missão: registrar em vídeo a memória de quatro mestres diplomados da cultura, reconhecidos em suas comunidades como “troncos velhos” – uma metáfora poderosa para aqueles que, como raízes sólidas, sustentam e nutrem a continuidade de seus povos. Cada episódio conduz o espectador a um encontro íntimo e poderoso com essas lideranças: Cacique Pequena (Jenipapo Kanindé) compartilha a emocionante luta pela demarcação de sua terra, homologada em agosto de 2025.Pajé Raimunda Tapeba (Tapeba) recupera a trajetória de resistência de sua comunidade contra os desafios das últimas décadas. Cacique João Venâncio (Tremembé) mergulha na ritualística do Torém, prática sagrada que preserva a espiritualidade e a identidade de seu povo. Cacique Sotero (Kanindé) aborda a educação escolar indígena e o pioneirismo do museu que fundou, hoje uma referência nacional em museologia indígena.

Com direção e roteiro de Rosane Gurgel, produção de Daniel Jenipapo e Julyanna dos Santos, edição de Diego Santiago, direção de fotografia de Bruno Pimentel, assistência de direção de Delano Neves, legendas de Caroline Braga e Roberto Leite, design de Téo Brito e gestão do Núcleo Digital da Casa Civil por Vanessa Queiroga, “Troncos Velhos” oferece muito mais do que um registro histórico.

Suas mensagens ecoam para além dos limites do Ceará, agora também imortalizadas e celebradas pelo olhar sensível do cinema brasileiro.

Ficha Técnica:

Título: Troncos Velhos – Uma celebração à sabedoria ancestral dos povos indígenas do Ceará

Direção e roteiro: Rosane Gurgel
Produção: Daniel Jenipapo, Julyanna Santos
Edição: Diego Santiago
Direção de Fotografia: Bruno Pimentel
Assistente de direção: Delano Neves
Legendas: Caroline Braga, Roberto Leite
Designer: Téo Brito
Gestora do Núcleo Digital da Casa Civil: Vanessa Queiroga