Festival Mbur Tapi’oka celebra a cultura alimentar indígena na Estação das Artes
21 de julho de 2025 - 10:57 #INDIGENAS #Mbur Tapi’oka #SEPINCE
No último sábado (19), das 14h às 22h, o Mercado AlimentaCE foi palco de uma celebração vibrante da cultura indígena cearense com a realização do Mbur Tapi’oka – Festival de Cultura Alimentar Indígena Cearense. O evento reuniu representantes de 15 povos indígenas do estado e contou com a presença expressiva do público cearense, que participou ativamente das atividades e prestigiou a diversidade de saberes, sabores e manifestações culturais.
A iniciativa, realizado pelo Mercado AlimentaCE, em parceria com a Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará (SEPINCE), e com o apoio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário, teve como objetivo valorizar, fortalecer e dar visibilidade à cultura alimentar indígena, transformando o centro de Fortaleza em um território de memória viva.
Durante a feira gastronômica, o público pôde saborear pratos tradicionais como caldo de macaxeira, bolo de carimã, bizocu de banana-da-terra, cocadas, grisalho de camarão, mungunzá doce e salgado, galinha caipira no leite de coco babaçu, entre outras delícias preparadas por mãos indígenas.
A programação proporcionou uma verdadeira imersão nas vivências dos povos originários. As rodas de conversa com Mestres da Cultura, como a cacique Pequena, encantaram e emocionaram o público, assim como as apresentações do ritual Toré e Torém, e o Coco dos Anacé, que envolveram o público em momentos de profunda conexão cultural.
O encerramento foi marcado pelo show Flertes, dos cantores Marcelo Di Holanda e Mateus Farias, que transformaram o festival em uma grande celebração coletiva, reunindo povos convidados e visitantes em um clima de partilha e confraternização.
O Mbur Tapi’oka marcou um momento único de celebração da cultura alimentar indígena no coração da cidade”, afirmou Juliana Alves, secretária dos Povos Indígenas do Ceará.
“Ver os povos indígenas do Ceará ocupando a Estação das Artes, no Centro de Fortaleza, com suas comidas, cantos e saberes, é um gesto poderoso de reafirmação cultural. Cada presença ali foi um ato de resistência, memória e orgulho. Foi uma oportunidade de mostrar à cidade que a cultura alimentar indígena não é apenas passado – é presente e futuro”, completou